Essential Skills na Advocacia Sistêmica
- tatianeprudenciope
- 14 de jun. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 16 de jun. de 2021

Em uma época não muito distante, curso de datilografia era garantia de inserção no mercado de trabalho.
Inglês sempre foi bem quisto. Cursinho de informática, sistema operacional MSDos, planilhas no Lotus, Corel Draw, mais adiante Power Point, Excel e Word ganharam espaço.
A arte de datilografar, sem olhar para as teclas e, com rapidez, deixou de ser eficaz e deu azo a digitação. Até mesmo o profissional do direito mais saudosista se viu obrigado a aposentar sua máquina de escrever.
Pessoas correndo para aprimorar suas habilidades técnicas. Internet, globalização, Bill Gates e Steve Jobs deixam as bibliotecas para trás e nos jogam no mundo digital.
A inteligência artificial ganhou espaço. Agora você não é nada se não consegue mexer em um computador. E os Aplicativos? Certificado Digital e a Justiça totalmente informatizada? Ah, quanta inovação!
Temos mais informações digitais do que podemos aproveitar ou assimilar. Até os livros são vendidos em plataformas eletrônicas. A automação ganhou espaço e os processos em massa são adotados pelos grandes escritórios jurídicos.
O que é necessário para se fazer presente nesse novo mercado de trabalho? Atuar e agir como um robô, primando pela quantidade do que qualidade? Para quem disse sim, ledo engano!
Por óbvio, as competências técnicas (Hard Skills) são de grande valia. Contudo, vivemos o novo e, esse novo mercado exige muito mais do que aquilo que se pode mensurar num simples teste de perguntas e respostas. A competência técnica deixou de ser excelência. Empresas querem mais de seus colaboradores. O mundo quer mais!
As Competências Relacionais podem ser desenvolvidas, assim como aprimoradas, em prol de um trabalho onde os atributos pessoais são a chave para o sucesso.
Para os advogados sistêmicos, há um modo de exercer a advocacia, por meio da abordagem sistêmica e uso de competências relacionais, onde o facilitador (advogado) humaniza o atendimento, dando lugar as compreensões e emoções de seu cliente, aprendendo a acolher, validar e valorizar os contextos, significados e emoções.
Essas habilidades, as Essential Skills, exigem constante processo de autoconhecimento e vão muito além da empatia e intuição como formas de atuar.
Tudo aquilo que não foi aprendido na Faculdade de Direito, em termos relacionais, pode ser adquirido, por meio de ressignificação de comportamento, a partir da presença, espelhamento e reconhecimento.
O uso de vários tipos de escuta profissional, dentre elas a escuta aberta, a ativa, a inferêncial e de metaprogramas, são utilizadas para compreender a linguagem e suas generalizações, omissões e distorções. Há, ainda, a especialização em perguntas de estrutura para despertar a consciência e a percepção sistêmica dos contextos, posições, relações, processos e padrões existentes em uma questão problema.
Estamos reinventando a advocacia, desenvolvendo expertises (Essential Skills), pois nossa entrega é diferente. Não é só o resultado que é diferente. Todo o processo é diferente, eis que, por meio de competências relacionais, entregamos maiores possibilidade na solução de conflitos.
Tatiane Cristine Prudencio Pepe
*publicado em 28.04.2021 no site da GDAS - https://www.advocaciasistemica.com.br/post/essential-skills
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